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Neste final de semana, tivemos duas notícias desagradáveis aqui em casa. Uma, relacionada ao estado de saúde de uma amiga próxima. Outra relacionada a um acidente que resultou na perda da vida de um conhecido nos grupos de motociclismo.
Apesar de sabermos que a vida é uma jornada, raramente paramos para replanejar questões adjacentes, porém relevantes, de nossas vidas.
Somos bem tendenciosos a cuidar de questões que nos promovem a “felicidade”, prazeres, diversões, negócios e oportunidades. Porém, não somos cuidadosos em avaliar riscos e perigos, que podem colocar em situações delicadas nossos principais e reais valores (a integridade da nossa pessoa, aspectos do desenvolvimento da nossa família, proteção patrimonial adequada, dentre outros).
Retornando às notícias acima, porque fica mais fácil analisarmos os casos concretos para o bem comum, pois compreendemos melhor com exemplos reais.
No primeiro caso, relacionado ao estado de saúde de uma amiga próxima, a qual não citarei o nome, com a finalidade de preservar sua privacidade.
A senhora X, casada, na faixa de 40 anos de idade, mãe de um casal de filhos lindos, recebeu o diagnóstico de câncer na sexta-feira dia 4 de agosto de 2023. Notícia extremamente indesejável, desagradável, desestabilizante, tanto para quem recebe quanto para os familiares, os quais ela não teve coragem ainda de contar para todos.
A senhora X, tem acesso aos suportes de saúde, hospitais, médicos, tratamentos com relativa complexidade. No entanto entendemos que em situações como essa, as questões logísticas, operacionais circunstanciais, relativas ao tratamento, causam um impacto contundente, na estrutura financeira e patrimonial familiar, comprometendo bases estruturais que foram construídas com grande energia, por vezes com dificuldades e sacrifícios. Quem já não teve algum conhecido próximo, em situação similar, não é verdade?
O outro caso, um homem, de aproximadamente 30 anos, que se acidentou num passeio de moto, na manhã deste Domingo (06/08/2023), entre Goiânia e Abadiania. Esta notícia recebemos um um grupo de WhatsApp de motociclismo que participamos, portanto, não temos muitos detalhes, se deixou filhos, esposa, ou mesmo se tinha pais vivos que o esperavam em casa. Então, neste caso, não sabemos ao certo se haviam pessoas, empresas ou outras estruturas que dependiam da vida deste rapaz, ficando apenas na imaginação a torcida que seus entes fiquem amparados emocionalmente, e com as menores consequências possíveis.
Como citei linhas acima, não temos o hábito de planejar, levando em consideração questões que nos levem a projetar situações que nos são desagradáveis. Muitas vezes até fazemos isso, mas levamos em consideração bens materiais, e não avaliamos adequadamente nossa própria vida e os impactos decorrentes de nossos possíveis inconvenientes em vida, e mesmo nossa partida precoce.
Considerar essas questões, muitas vezes é um exercício constrangedor, porém necessário, visto que todos estamos sujeitos às surpresas desagradáveis da vida. Considerar essas questões é um ato de planejamento preventivo, ou preditivo em alguns casos, um ato de amor para os nossos entes que dependem de nosso trabalho, nossa força e nossa consciência de que somos frágeis e sujeitos às agruras da vida.
Enfim, esclarecer que existem formas de se planejar para os inconvenientes, com ferramentas modernas (com benefícios tributários, formação de reserva, dentre outras práticas contemporâneas) e proporção financeira favorável aos benefícios de cobertura, é desafiador. Isso por que as pessoas se recusam a conceber cenários em que fiquem fragilizadas, e tem uma tendência de valorar pouco seu próprio ativo humano.
Nunca é tarde para replanejar suas estratégias para situações indesejáveis. Pessoas que fazem isso e necessitam sempre nos agradecem.
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