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Como somos vistos, e como realmente somos?

 

Esta semana, em razão das comemorações referentes ao Dia dos Pais, presenciamos inúmeras manifestações, principalmente das crianças, no que se refere à grandiosidade com que é vista a figura do pai.

“Super pai”, “ Pai Herói”, “Meu herói”, foram as mais vistas, nos bilhetes e mimos das escolas, em camisetas, posts, dentre diversas outras. 

É interessante poder imaginar como realmente somos, dentro da cabecinha de nossas crianças. O que podemos fazer para chegar o mais perto dessa realidade (realidade da cabecinha delas) é nos lembrar de quando nós imaginávamos a mesma coisa de nossos pais. 

A lembrança que eu tenho realmente é que o meu pai era gigante, era o mais forte, era um tremendo protetor, toda a referência de estabilidade, fortaleza, invencibilidade, estavam presentes na figura do Sr. Antônio, meu grande pai.

Praticamente um super-herói mesmo!

Realmente fazemos de tudo, para protegermos, educarmos, orientarmos, acolhermos nossos “pequenos”. E hoje é uma certeza para mim, que as gerações vindouras, tem no escopo do projeto divino ser melhor do que a geração atual. 

Em contrapartida, a geração atual tem o dever e a responsabilidade de preparar os meios e a infraestrutura para que esse desenvolvimento seja equilibrado em um mundo, uma sociedade, em que perigos e riscos brotam de todos os lados.

Entendo como  desenvolvimento equilibrado a ponderação de contato maior ou menor com as novas tecnologias, novos conceitos sociais, hábitos, novas ferramentas educacionais, tentando achar o equilíbrio das experiências, preservando nossos valores morais, éticos e religiosos, sem  também cometer o equívoco do isolamento desmedido, que pode represar uma angústia por experiências que, num futuro, podem sufocá-los, quando não estiverem assistidos mais pelos seus pais.

Vamos falar de um exemplo prático. Fica um pouco mais fácil a compreensão. Entendemos que a internet tem seus perigos (condições ou circunstâncias que têm o potencial de causar, ou contribuir com algum tipo de dano), e que esses perigos estão relacionados aos seus riscos (a probabilidade e severidade que este dano trará para o ser humano, operação ou equipamentos envolvidos), no entanto, privar uma criança completamente é prejudicial para o seu desenvolvimento, e deixá-la sem supervisão é assumir que podemos ter sérios danos em virtude de termos alí, um ambiente com um número ilimitado de perigos, cujos riscos são cada vez mais prováveis e severos.

Então, para realmente sermos os Super pais que elas entendem que somos, exige uma energia sobrenatural nos dias de hoje. Planejar, gerir, supervisionar, não só nosso ambiente adulto, como acompanhar o universo de nossas crianças, é uma tarefa hercúlea, equilibrar a oportunidade de evolução de nossos pequenos, e mitigar riscos, não significa todas as vezes, eliminar os perigos, mas sim conviver com eles com maturidade e planejamento.

Não é diferente em nossas vidas adultas. Educar pelo exemplo, é uma das formas mais efetivas de transmissão comportamental. Será que estamos tirando um tempo para realizar uma avaliação de nossos cenários?

Advogado, Empresário, Mestre em Direito, Especialista em Gestão de Aeroportos e Especialista em Análise de Ações e Finanças, Consultor de Riscos, Parceiro da João Paulo Daher Corretora (Prudential) e Sócio da RMx Finance.